Ziringuidum

Um pouco de samba, um pouco de poesia...

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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Rei de nada


De tudo
foste capaz
conquanto fosse absurdo
Sempre pudeste mais
E de todo o teu mundo
foste rei ineficaz
Prometendo a teu súdito
fantasiosa paz

Fui eu, súdita tua
Fui inteira, um tanto louca
e mesmo nua
quando envolta
por teus braços
vestia-me de tuas loucuras
de teus espasmos
Coisas cruas..
Típicas do teu reinado

Revoltas tramei nove
Norte a Sul
mas ainda me envolves
Embora, mal saibas, tu
de futuro golpe

Eis que derrubará teu império...
Sério...
Hoje, ainda reinas coração meu
Amanhã, tu beiras
ser apenas museu

sábado, 1 de outubro de 2011

Desapego

Sim, parecia-me cedo
Mas optei em esquecer o medo
e acreditar...
Acreditei em teu chamego, teu apego,
e nos teus olhos que me diziam o mesmo:
"Vem, pode entrar!"
Tentei... Não teve jeito
Vieste fechar a porta
e me deixaste de fora
Não pude ficar
-Bem feito!
Disse meu ego, soou em grego:
-Quem mandou acreditar?
E no desespero,
hoje a rima que procuro (para teu nome)
ao certo, não é sossego
mas sim desapego
que ainda preciso exercitar!