Ziringuidum

Um pouco de samba, um pouco de poesia...

Licença Creative Commons
Esta obra foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição - Uso Não-Comercial - Obras Derivadas Proibidas 3.0 Brasil.




terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Precipitação


Curva-te de teu nome
que se desalinha em letras obscenas
Me pornografam
e somem
Por fim ,
me grafam em codinome

Nem sei mais se nomes tenho
Tamanho desdenho
De lembrar-te com minha graça na boca
Deixava-me louca
Hoje, abstenho

Pré-mania minha
De tocar em teu prenome
Predestina, preconiza
Que tudo que se precipita,
Some!

domingo, 18 de dezembro de 2011

Revista Encontro Literário


Gente, olha que bacana!
Meu poema "Rei de Nada" foi selecionado no concurso da Revista "Encontro Literário" a ser publicado junto com outros dois poemas de outros dois autores:
Reginaldo Costa Alburqueque, 47 anos de Campo-Grande-MS
e Luiz Gondim, presidente da Academia Cearense de Ciências, Letras e Artes e vice-presidente da União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro.
Confiram o blog da Revista:

http://revistaencontroliterario.blogspot.com/p/edicao-atual.html

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Natais...


E essa época natalina?
não é sempre igual?
época de pensar na vida,
de enfeitar o quintal...
E desenterrar toda lembrança que fica
presa ao cheiro de naftalina
da caixa da árvore de Natal!

Natais passados
presentes estragados...
tantos “ois”, tantos “tchaus”
Ainda ficaram nos abraços
até mesmo nos amassos
daquela véspera de Natal


Eita... lembrei agora do último ano
e se não me engano
faltei a esse Natal
Afinal,
era tanto amor pra dar
tanta paixão para viver
Esqueci-me do Natal. E o meu presente foi você!

Só mais um de tantos presentes velhos
que essa caixa de cacarecos
faz questão de guardar
Eu devo é ter perdido na festa
a peça ou qualquer treco...
que o fizesse funcionar
São tantos pedacinhos na caixa
mas nada encaixa... devo guardar?

E quem é que sabe?

Ah, quer saber?
eu vou é montar minha árvore
e esconder essa caixa de novo
E espero, depois do ano novo
Guardar junto aos galhos
e aos velhos migalhos
tudo de mais doce
que eu possa querer para esse 2012!!!!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Rei de nada


De tudo
foste capaz
conquanto fosse absurdo
Sempre pudeste mais
E de todo o teu mundo
foste rei ineficaz
Prometendo a teu súdito
fantasiosa paz

Fui eu, súdita tua
Fui inteira, um tanto louca
e mesmo nua
quando envolta
por teus braços
vestia-me de tuas loucuras
de teus espasmos
Coisas cruas..
Típicas do teu reinado

Revoltas tramei nove
Norte a Sul
mas ainda me envolves
Embora, mal saibas, tu
de futuro golpe

Eis que derrubará teu império...
Sério...
Hoje, ainda reinas coração meu
Amanhã, tu beiras
ser apenas museu

sábado, 1 de outubro de 2011

Desapego

Sim, parecia-me cedo
Mas optei em esquecer o medo
e acreditar...
Acreditei em teu chamego, teu apego,
e nos teus olhos que me diziam o mesmo:
"Vem, pode entrar!"
Tentei... Não teve jeito
Vieste fechar a porta
e me deixaste de fora
Não pude ficar
-Bem feito!
Disse meu ego, soou em grego:
-Quem mandou acreditar?
E no desespero,
hoje a rima que procuro (para teu nome)
ao certo, não é sossego
mas sim desapego
que ainda preciso exercitar!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Palavras


Sou poeta-terapeuta
com palavras, estanco o sangue,
curo-me de tua neura
e busco calma
É a poesia,
valiosa terapia de minh'alma!

As mesmas palavras
envenenadas, saturadas
que me ferem
apenas querem
ser regurgitadas
e condenadas
novamente,
e simplesmente

E de forma contrária,
condeno-as então
tiro-as da garganta entalada,
coloco no coração
E no papel,
eternizo em canção

Palavras são armas
Podem matar
Podem machucar
Podem proteger
Palavras são mágoas
que podem chorar
podem gritar
e podem apenas dizer

E eu as digo
e as grito
e me condeno
Palavra me fascina
e a poesia é vacina
é veneno...
o veneno que mata e que cura
É palavra... é por ti, toda a minha loucura!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Coração de Modelar


Brinca com meu coração
como se fosse massinha de modelar
e aperta, aperta com a mão
até desmanchar

Pega aquele pedacinho novo
vermelhinho...
e vai moldando de novo
do seu jeitinho...

Eita coração bonito
ficou grande, colorido
tal como você quis
Feliz?

Acho que não..
na mesma hora,
o tritura em pedacinhos
joga no chão...
Mas, quem sabe agora
você não faz um reloginho
para colocar no lugar do coração?

Não rola...
você nem quer mais brincar
Foi embora
e deixou os caquinhos pra lá
podia pelo menos me deixar a cola
para os pedacinhos eu emendar

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Distância...


Me diz ao certo
Pode haver nexo,
Naquilo que quanto mais longe
Mais perto?

Complexo?
concordo...
e desse modo
Quem dizia
que a distancia era empecilho
Errou bonito

pois hoje de perto
estou mais longe
e na verdade hoje te quero
bem mais distante

Ao longe fazia-me rir
fazia-me esperar
e sonhar...
De perto
tornas meu céu inferno
faze-me chorar

Distância...
aprendi umas tantas
com essa palavra
como ela me ensinava...

Hoje tu me és apenas lembrança
mas a distância..
dessa não largo nunca
Pois só o que quero é distância
de tudo que me machuca

Hoje não dou mais importância
Pode até ter sido ignorância
Mas não importa o que quis, ou o que fiz
Só quero distância
de tudo que me tire a esperança
de ser feliz!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Perfeitos...

Perfeitos...
E feitos um para o outro
Loucos?
Também, um pouco
loucos de amor
Mas só se for...
Perfeito!
Porque o que é perfeito
não estraga
não envelhece
não desgasta
nem padece!
e nada nem ninguém
tem
o poder de estragar a perfeição
porém,
há quem tente
e quem inveje também
mas o perfeito continua perfeito
porque o que é perfeito só se chama perfeito
porque foi feito para ser eterno
e assim é o nosso amor...
desse jeito
Eterno
e PERFEITO!!!!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Olhos que desdizem


É.. já faz alguns meses
e as vezes,
ainda me pego pensando em você
vai entender...
Não pediste licença para entrar
E agora não voltas mais ao teu lugar
Como faz pra te esquecer?

Pensei ser carência
Mas a ardência
ainda permanece
só não me aquece...
É chama fria
que o meu corpo incendia
e minha alma adoece

Teus lábios me são lembrança
assim como teus olhos de criança
que me falavam e me calavam
e me diziam...
Assim como teu sorriso me olhava,
teus olhos me sorriam!

Hoje esses olhos ainda me veem,
mas não sorriem
aliás, riem
De mim, ou para mim, não importa
teu sorriso que era porta
pro teu coração
hoje é reposta
de apenas mais uma diversão!

terça-feira, 10 de maio de 2011

Lua minha


Ó Lua
é tua essa magia
quando és cheia
me enche de alegria
quando nova,
inova o meu amor
Vem,
Iluminar essa folia
Esplendor da boemia
do sambista e do cantor...

É que a dor some ao teu brilho
tudo fica mais bonito
ao anoitecer
Vai ver...
que a Lua da seresta
dos amantes e do poeta
é a mesma a me proteger

E é toda noite
sob a luz do luar
que eu saio a namorar
à noite, tudo pode...
que o diga São Jorge
A luz da lua só não é mais forte
que o brilho daquele olhar

Ó Santo guerreiro
foste tu o primeiro
a desfrutar dessa Lua
Hoje é minha, e também é tua
fiel escudeira
Proteje-me, São Jorge
ainda vou sambar a noite inteira...

E quando a Lua com o Sol trocar
e o dia, então raiar
eu volto pra casa
e lhe peço, me faça
um grande favor
Deixe que a Lua descanse
Mas não descanse nunca o meu amor!

sexta-feira, 11 de março de 2011

Tuas mentiras


Não tem explicação
Não dá para entender
Parece que fizeste
mandinga para me ter
Podias me dizer então
Como é que se faz para reverter
Não quero mais essa paixão
o que eu queria era você

Não foi macumba nem prece ao santo do dia
o seu trabalho foi outro...
Foi dizer mais do que podia
ser um mentiroso...
Fazer promessas jamais cumpridas
me dar tantas alegrias...

Mentiras...
me deixaram aqui no chão
Me tira
por favor, dessa ilusão
Me faz ver, que com você
nunca me houve o amor
e sem você
posso me ver livre da dor

Eu sei, bem sei
não era para eu ser tua
O problema é que acreditei
em toda sua loucura
Eu já sei, mas meu coração não quer entender...
Na verdade
ele não sabe
Como que se faz para te esquecer

Mentiras...
me deixaram aqui no chão
Me tira
por favor, dessa ilusão
Me faz ver, que com você
nunca me houve o amor
e sem você
posso me ver livre da dor

Liberdade?


Hei, liberdade

Serás mesmo tu, o caminho?

Fizeste-me esquecer de ter saudades

é verdade...

E hoje livre, sou também sozinho


Libertaste-me da dor

devo saber

Mas o que tu não sabes

É quanta saudade

eu tenho desse doer


Dai-me força, liberdade

para ser livre

Diga-me como é que se vive

sob teus devaneios

Se é que tu existes

por favor, diga-me a que veio


É liberdade...

como te quis, e como não te quero mais

Hoje, lhe peço: Deixa-me em paz

Aliás,

Mudarei teu nome ao me livrar dessa ilusão

Passarei chamar-te solidão!


Se liberdade é quem livra

Livrai-me então, liberdade

de ser livre

Livrai-me de ser só

e de ser só, ser teu refém

Livrai-me de todo o mal,

Amém!